A aposentadoria é um momento marcante e muito esperado na vida de todos! É como uma viagem, para a qual fazemos todo um planejamento, pensamos o roteiro, as roupas, calçados, a hospedagem, analisamos o deslocamento e também o lado financeiro. Para aposentar-se também precisamos de um planejamento.
Então, vamos lá:
Etapa 1 – Verifique a sua Carteira de Trabalho
Conhecida também como CTPS, verifique se na Carteira de Trabalho estão todos os seus contratos de trabalho. Compare estes dados com o CNIS (Cadastro Nacional de Informação Social) que pode ser retirado direto da Plataforma MEU INSS, pois é neste documento que consta todos os contratos de trabalho e, dessa forma, é possível verificar se todos os vínculos empregatícios estão corretos.
Etapa 2 – Verifique se você possui períodos especiais
Faça uma verificação dos períodos de contribuição onde esteve exposto a atividades nocivas à saúde (insalubridade, periculosidade). Estes períodos podem ser considerados como Especial, aumentando o seu tempo de contribuição.
O número de trabalhadores que não solicitam o reconhecimento de período Especial pelo INSS ou Órgão Público, por desconhecimento da matéria, é bastante significativo. Por isso fique atento a esta possibilidade de aumentar o seu tempo de contribuição para a aposentadoria.
A perda do reconhecimento do período Especial acontece porque muitos ignoram períodos curtos realizados de forma especial, outros, porque no momento da aposentadoria não apresentam os Laudos Técnicos de Segurança do Trabalho (PPP e LTCAT), que comprovam a atividade profissional realizada de forma insalubre ou perigosa.
Etapa 3 – Verifique se há períodos que não constam na CTPS
Esta informação é importante: observe um a um os períodos não registrados na CTPS. Ao longo de nossa carreira, ignoramos, principalmente quando jovens, o recolhimento previdenciário, com a ideia de que nunca vamos envelhecer ou precisar do INSS.
Mas quando chega o momento de solicitar a aposentadoria, aquele período ignorado e não registrado e, portanto, não contribuído para o sistema previdenciário, acaba sendo necessário para atingir o tempo de contribuição exigido.
Se você tem um período que trabalhou como autônomo (o famoso “por conta”) e possui documentação que comprove a atividade realizada, você poderá solicitar o reconhecimento deste período junto ao INSS e, portanto, recolher suas contribuições previdenciárias para este período ser incluído no seu tempo de contribuição.
Por outro lado, se você era empregado e a empresa não recolheu, e você tem o registro na Carteira de Trabalho, você tem direito a contabilizar esse período como tempo de contribuição para a sua aposentadoria.
Caso você não tenha o registro na Carteira de Trabalho, é possível comprovar este período através de outros documentos, como demonstrativos de pagamentos, Declaração de Imposto de Renda, entre outros.
Etapa 4 – Verifique as possibilidades de aposentadoria
Antes de dar entrada na sua aposentadoria faça uma análise ou pela para um profissional experiente fazer a análise para você. É fundamental ponderar as Regras de Transição na aposentadoria. Esta análise faz toda a diferença no momento que você busca o benefício mais vantajoso, porque uma vez escolhida a regra de transição e dado entrada no INSS, se você receber o primeiro pagamento previdenciário, você tornou aquele ato irreversível! Portanto, too o cuidado é pouco!
Com a Reforma da Previdência, é possível aderir a mais de uma regra previdenciária, desde que cumpridos todos os requisitos. Então, antes de dar entrada no seu pedido de aposentadoria no INSS, ou órgão, no caso do servidor, faça uma análise completa e simule qual delas ficará melhor para você.
Etapa 5 – Planejamento Previdenciário
Planeje Sua Aposentadoria. No início deste tema, eu comparei o momento da aposentadoria como uma viagem. Devemos planejar muito bem, pois ainda é um erro muito comum para a maioria dos trabalhadores vinculados ao INSS e ao Serviço Público não planejar. Ainda mais quando se é jovem, nesta fase da vida, “falar” em aposentadoria parece ser algo distante e até inalcançável.
Outro pensamento que geralmente vimos por aí: “eu nunca irei precisar do INSS”. Aqui um alerta: o INSS não deve ser encarado como a única fonte de renda e sim, como uma renda a mais, pois no futuro, certamente iremos precisar dele.
Você pode pensar da seguinte forma: imagine que o INSS seja um seguro (e ele o é), pois caso você necessite parar de trabalhar devido a doenças ou acidentes, você só poderá usufruir deste “seguro” se estiver em dia com a Previdência.
Sendo assim, quanto mais cedo começar a planejar a sua aposentadoria e alinhar as estratégias para ter o benefício mais vantajoso possível, mais chances de alcançar esse objetivo no futuro sem dores de cabeça!